30 setembro 2002

Passeios à chuva e um fim de tarde melancólico



Passeios à chuva e um fim de tarde melancólico



Óbidos à chuva . . .

Passeava-me vagarosamente pelas ruas da Vila
sem me importar com as gotas a baterem-me na cara . . .
Claro ,
que quando cheguei à "Casa dos Vinhos",
onde bebi um cafezinho de saco ,
estava mais parecida com um pinto encharcado do que comigo !
Mas, soube tão bem . . .
O café e a molha !

Roam-se, roam-se todos de inveja . . .
Enquanto todos vocês ,
. . . ou quase todos , . . . estão já a trabalhar
eu estou de férias .

Já devem estar a pensar em devolver uma resposta torta
a dizer :
– Olha, deixa estar, deves ter tido um fim-de-semana cheio de sol …!

Realmente, não têm sido uns dias muito iluminados ,
mas não tem importância !

Eu já tinha muitas saudades da chuva e dos “Pores”- do - Sol da Foz .

Quem perguntou porque é que eu vim mais cedo de Madrid ,
e não fiquei a fazer turismo ,
tem agora a resposta . . .

. . . para não perder ,
nem que fosse só um final de tarde como a que tive hoje .
Um passeio à beira-mar ,
uma limonada, um livro , o "Memory of Trees"
e o “Sétima Vaga” .

Portanto ,
o final de tarde quase perfeito .

Não há como a Foz em Setembro ,
a nitidez única do fim do Verão
e um Outono a dizer um olá ,
este ano nado tímido . . .

A acompanhar o pôr-do-sol estão umas nuvens aqui e ali
que testemunham a chuva que deixaram cair toda a manhã .


Anoitece vagarosamente,
sem pressas
. . . o luar deixa a sua luz ali e acolá na lagoa….

Roam-se de inveja, roam-se . . .

Estou na varanda ,
uma suave brisa ,
a lagoa mesmo à minha frente,
as luzes iluminam a marginal,
a aldeia, do outro lado, espelhada na água
e Óbidos lá bem ao fundo quase sem se ver!

Os grilos e cigarras são os únicos que se atrevem a cantarolar…

Olha! Olha!
Uma coruja-das-torres passa em direcção aquele pinhal...

Que paz!

É pena que amanhã me vá embora….
A lagoa está mesmo a pedir que eu vá dar uma voltinha de canoa
para exercitar os braços.

Talvez para a semana, ou para a outra, vá lá dar umas remadas!
Ninguém me quer vir fazer companhia?
A casa tem muito espaço,
não existem buzinas para nos acordarem de manhã
e as esplanadas estão cada vez mais vazias.

À noite podemos ir até Óbidos beber umas ginginhas e os mais dançarinos podem passar pelo “Greenhill”.

Pensem lá bem nisso.
Os pasteis de nata de São Martinho e o pão-de-ló de Alfeizerão estão à nossa espera!

Sabem do que me lembrei agorinha mesmo! AHAHAH!!!!

E um passeiozinho a cavalo?
Os cavalos nesta altura do ano já podem ir trotar para a praia.
Não ando a cavalo há uns tempos!
Já me estou a imaginar a fazer uma corridinha na praia?....Hum?

Os argumentos são mais que muitos . . ., não?

As nuvens estão a ir-se,
só fica a lua a sorrir-se!
A brisa está a convidar a uma camisola de lã!

Roam-se amigos, roam-se . . .

. . . a serenidade quando nasce não é para todos!


Setembro 2002

Na cama com o computador a ouvir as primeiras chuvas de Outono



Na cama com o computador a ouvir as primeiras chuvas de Outono



Estava eu em Setembro, após a minha breve estadia em Madrid ,
na Foz do Arelho .
Estava . . . Não !
Estou . . . e por acaso estou metida na cama com o computador,
um livro e a minha imaginação .
E a chuva lá fora !

Escusam de se pôr com comentários menos próprios
em relação à minha companhia !

Há pessoas que gostam de teclar freneticamente em frente a um ecrã
metidas na cama num Sábado chuvoso!

O mês de Setembro . . .
É o melhor mês do ano . . . na Foz do Arelho !
Mas porquê? - Perguntam vocês.
Por causa da luz mais nítida e dos céus bem laranjas ao fim da tarde .

E chove novamente . . .
Avisaram que ia haver uma tempestade esta noite ,
mas não houve .
Estive ontem numa esplanada até às 10 e meia da noite
Não corria uma aragem . . .
Cacimbava . . .
Mas, era apenas isso !
Nada mais natural perto do mar .
Nada de chuva ,
nem de tempestade !

Ao que parece a Protecção Civil teve uma noite descansada ,
pois as nuvens foram descarregar a sua raiva a 20 km da costa .

Há quem não goste da chuva !
Eu já estava farta do Sol .
O que é que querem ?
No fim do Verão já estou farta de calor e de sol .
Sinto falta das camisolas de gola alta que me aquecem o pescoço ,
das meias de lã dentro das botas ,
de ficar na cama o dia todo a ler um livro
e a ouvir a chuva a pingar das folhas das árvores ,
do shlock, shlock no parapeito da janela
e de ver os melros , pardais e afins sacudirem a água das penas !

Quando está a chegar o fim do Inverno sinto o contrário .
Estou farta de frio e da chuva . . .
e sinto falta das t-shirts ,
de usar sapatos vela sem meias ,
dos passeios na praia acompanhada pelos meus cães ,
de observar os passaritos a namorar ,
de conversar com o mar ,
e de o ouvir rabujar comigo
quando atira as ondas aos meus pés
em plenas marés vivas .

Sabem que mais ?
Vou-me levantar da cama ,
vou comprar o jornal , tomar o pequeno-almoço
e sei lá ,
talvez comprar um bonsai no mercado das Caldas .

Chove , . . .
Quero dizer , caem umas gotas , aqui e ali .
A temperatura é agradável . . . não há luz
e a bateria esttttttttttttaaaaaaaaa ssssssseeeee a irrrrrrrrrrr ........... Adeuuuusssss : (


Setembro 2002


Outono



Outono


Sinto falta do frio, do Nevoeiro,
da chuva, das trovoadas, dos raios...

Sinto falta dos "nasceres" do sol na Lezíria,
da luz que nasce por detrás dela.
De me maravilhar assim
e de pensar que afinal os dias valem a pena.

Sinto falta do nascer do sol a espreitar para lá do nevoeiro.

Sinto a falta do frio,
dos estalar da lenha a arder na lareira,
das pantufas e do pijama de flanela.
De me embrulhar na manta enroscada no sofá e para ali ficar a sonhar ...

Sinto falta de ver o bafo quente
graciosamente a sair da boca naquelas manhãs geladas.


Sinto falta ...

Verão - 2002
Adaptação - Foz do Arelho, 1 Agosto 2004



29 setembro 2002

Conversas com a Foz



Conversas com a Foz


A Foz-do-Arelho fica entre as Caldas da Rainha ,
Óbidos e São Martinho do Porto .
Tem duas praias .
Numa podem-se tomar banhos de mar
e na outra podem-se dar umas valentes braçadas
contra a corrente da água salobra .

A Foz é quase um santuário natural
e pode ser local de profunda meditação .

Sinto a Foz !
Sinto-a como nunca nenhum outro local me fez sentir .
Este sentimento não acontece sempre .

Em Setembro ,
o ar é transparente e limpo e a luz é mais cristalina !
As cores são mais densas .
Os amarelos e os laranjas dos fins de tarde tornam-se mais fortes .
Os azuis ficam mais azuis .

Os pôr-do-sol são como quadros
onde pinceladas de fogo rasgam o céu .
As nuvens deixam de ser brancas !
Ao fim da tarde são amarelas e laranja e o céu deixa de ser azul .
É castanho !

Especialmente em Setembro ,
redobro-me em esforços para lá ir
e por lá ficar a olhar o pôr-do-sol .
Neste mês o Sol está mais próximo da Terra
e, ao fim da tarde, parece ainda maior e mais laranja .

Tantas e tantas vezes ,
me sento na areia ,
olho as ondas ,
ouço os sons do oceano, das aves marinhas e do vento .

Se o silêncio pudesse ter sons, estes eram os sons do silêncio .

Adoro ir para a praia ,
ficar por ali . . . só . . .
e falar, falar, falar . . .
Falar com o mar ,
no mais profundo silêncio da serenidade .

Não encontrei ainda nenhum outro local que me tenha feito sentir assim .
Em Setembro , na praia ,
sou invadida por um estranho gosto pela solidão
e por aquele “mar” de silêncios .


É como se estivesse num poema .

É como se pudesse mesmo conversar com a Foz ,
e como se ela pudesse ouvir o meu mais profundo desejo de liberdade !

Verão 2002

15 setembro 2002

Anos podem passar sem reparar naquele olhar...



Anos podem passar sem reparar naquele olhar...



Um dia sem esperar encontrei os teus olhos… de repente.

Já sabia que gostava de ti.
Nunca antes tinha pensado porquê.
Talvez uma certa familiaridade
na maneira muito peculiar de seres quem és.

Pensei em tocar-te a mão
enquanto falavas entusiasticamente da tua angustiosa viagem
sobre um mar de água,
a lembrar que afinal até já estávamos no Outono.

Nunca antes te olhara assim.
Pensei depois,
que talvez nunca te tivesse olhado no fundo dos teus olhos,
quase negros.

Tenho reparado mais em ti nos últimos tempos,
talvez porque tenhamos tido mais tempo para conviver
ou tenhamos descoberto
que afinal sempre existem muito mais pontos em comum do que pensávamos.

Afinal,
tu até me fizeste confidências acerca de alguns desgostos recentes
e que me fizeram lembrar o meu próprio passado recente.

A descoberta do teu olhar doce ... e ... uma trovoada.
O teu sorriso ingénuo e são...
Perdi a força nas pernas.
Esqueci-me do resto do mundo
e ali fiquei só para te ouvir e fiquei, fiquei, fiquei
e gostava de ter ficado muito mais tempo.

Se tivesse intenções de falar,
em vez de te ouvir,
ficaria certamente sem palavras.
Num repente angustiante perdi-me nos teus olhos,
reparei pela primeira vez que tinhas as sobrancelhas muito delineadas
e quase negras.

Nunca tinha reparado em ti e já te conheço há tanto tempo.

Como os anos passam por nós e tantas vezes,
demasiadas,
não reparamos nos olhos ou nas mãos de alguém.

Tens uns dedos tão delineados e finos.
Parece que as tuas mãos são uma continuação da expressão de ti.

Nunca reparo se as pessoas são fisicamente interessantes.
Quando reparo,
faço-o porque descobri o olhar que mostra a sinceridade dos ingénuos.

Tens uma alma sincera e sedutoramente carinhosa.

Os teus olhos espelham alguma dor escondida.
Mas, és doce!
Cheiras a margaridas!
Acho que as margaridas não têm cheiro,
mas imagino que se tivessem cheiro tu cheirarias a margaridas.

Trazes-me serenidade…
A tão ansiada paz interior.
Quando penso em ti invade-me uma estranha calma
como aquela que só o mar o transmite.

Quando estou contigo não tenho nada a perder,
confio em ti.
Isso é extremamente raro.
Não me fazes sentir sozinha como outros já o fizeram.
E não há pior,
do que alguém que consegue fazer com que nos sintamos sozinhos.

Antes sozinhos connosco próprios
e de preferência que sejamos uma boa companhia,
do que estar com alguém que não nos deixa sentir,
ou que não nos deixa ser quem somos.

Muitas vezes por culpa nossa.

Mas, tu és diferente.
Eu sei que és uma alma sincera, eu sei…!
Como?
Não sei explicar, mas que és, és!

O meu instinto não me engana.
A franqueza ingénua salta à vista de qualquer um!
É por isso que a tua alma é tão pura!

Sabes?

Os olhos a espelhar mágoa
podem mostrar esse teu lado tão profundamente são.
As almas francas guardam sempre alguma mágoa por serem incompreendidas.

Alguns pensam – Que grande chatice!
As pessoas que brincam ao jogo do gato e do rato são muito mais interessantes.

A mim não me interessa!
Existem outros jogos divertidos e muito menos “trapezistas” emocionalmente.
Só os ingénuos têm essa capacidade de franqueza,
apenas os ingénuos.

Sabem que podem magoar
(e isso dói-lhes!),
mas têm a coragem de dizer o que pensam
e demonstrar o que sentem!

Pessoalmente, gosto muito destas pessoas!
São tão inacreditavelmente raras que é uma bênção conhecê-las!

Só mesmo os ingénuos têm intacta a capacidade de sonhar!
O meu receio é que quem perdeu já essa capacidade
pode tornar-se irreversivelmente magoado e frustrado
(não estou a utilizar a expressão mais adequada).

Só os ingénuos têm a capacidade de cometerem os grandes feitos!
Até então nunca se aperceberam que eles eram impossíveis de concretizar!
E no fim afinal o impossível não existiu!

Naquele momento em que finalmente reparei que existias…
pensei:
Que sonhos tens?
Afinal, quem és tu?
O que é que queres?

Provavelmente, nem tu saberás!

Se fores como eu deixas-te ir na maré
e de quando em vez dás umas braçadas para a frente,
para os lados ou até para a retaguarda.

Mas, tu não és assim.
Tens quase tudo organizado para não existirem imprevistos.
Há-os sempre para darem cor à vida e um brilhozinho aos teus olhos!

Mas,
como é que se passaram tantos dias e dias
sem nunca me ter apercebido que estavas ali?

Por preconceito,
pensei que talvez fossemos demasiadamente diferentes.
Outros próximos de nós fizeram o mesmo em relação a mim!
E tu?

Já me chegaram a dizer:
Mas afinal, tu até és parecida connosco! Temos muito em comum.

Fui eu que estive muito entretida a manter-me fechada no meu mundo,
na minha redoma de vidro,
no meu casulo durante demasiado tempo.
Eu já sabia que tínhamos muito em comum,
mas tive medo de mostrar quem realmente sou!

Agora mostro mais!
Agora sou mais eu!
Finalmente, já não estava a ver a hora.

Por causa de tudo isso perdi a vossa companhia durante anos.
Mas parece-me cada vez mais
que encontro uma razão de ser para que isso tivesse acontecido.

Espero não perder mais tempo!
Já perdi mais que suficiente.

Quando te vir da próxima vez vou ter que te olhar bem no fundo dos olhos!
Talvez um dia descubras os meus!
Eu espero!
Tenho muito tempo…,
quero dizer tempo não sei se tenho,
mas tenho paciência,
muita paciência...

Nesse dia,
talvez nesse dia,
consiga tocar a tua mão,
ou talvez sejas tu a procurar a minha.
E talvez nesse dia eu toque a tua alma
e isso seja só o primeiro passo para te amar.

Outono de 2002


Um dia apercebi-me que deixei de ter tempo.

Outras coisas aconteceram,
outro alguém apareceu...
Um dia teve a coragem de tocar a minha mão...
Atrevi-me a procurar a sua...
nos dias seguintes... que já são alguns ...
conseguiu tocar a minha alma... como ninguém antes fizera...
E isso foi o primeiro passo para AMAR.


Verão 2003

Call from Madrid com pé e meio em Lisboa



Call from Madrid com pé e meio em Lisboa


Como tudo começou . . .
Estava eu em Madrid, em meados de Setembro . . .
e o "João Pestana" tardava em chegar .

– Ups! O "Vitinho" para os mais jovens !
Ou os "Patinhos" para as crianças !

Já passava da meia-noite
e eu andava na varanda feita uma andorinha
de um lado para o outro,
de um lado para o outro,
de um lado para o outro . . . a pensar alto !

Tinha a companhia de pensamentos lunáticos ,
o “ordenador”, o cinzeiro, o maço de tabaco ,
a luz de uma vela e uma noite fantástica !

Sim ! Para quem não sabe eu às vezes fumo ! . . .

Como sou "radical",
ou fumo quando estou muito bem acompanhada por quem fume ,
ou nos momentos de grande reflexão interior !
Este era um desses momentos !

E decidi-me a ir buscar o computador
que já estava embalado para a partida para Lisboa
que supostamente seria às 5 horas portuguesas !

Eu queria ver se não apanhava o trânsito de Madrid ,
mas já estava a adivinhar que não me ia conseguir levantar tão cedo !

Comecei a teclar . . .
Eu bem sei que alguns de vocês se têm queixado
que a minha página tem pouco de mim ,
que é apenas uma sugestão de sites
sobre os temas que mais me interessam
e que tem muito pouco de pessoal .

Portanto ,
e para dar um toque mais pessoal ,
resolvi que nos meus tempos livres me vou entreter
a aumentar esta página
e começar finalmente a minha galeria de fotografias
que já tarda em ser iniciada .

Quando existirem novidades
prometo que envio um aviso “emilico” para o clube de fãs
(leia-se lista de endereços de e-mails).

Vão "gramar" com os ditos avisos até pedido em contrário !
Assim, não “conspurco” as caixas de correio electrónico
com resmas de bytes de palavras !
Aviso, e quem quiser que faça um clique
e que venha cá dar uma espreitadela .
Não prometo que esteja sempre inspirada ,
nem que todos os textos sejam hilariantes
ou que tenham qualidade linguística .

Talvez algumas palavras possam aquecer a alma ,
outras…., muitas, … iram arrefecê-la .
Aviso desde já que podem mesmo chegar a cair em lugares comuns ,
em lamechices e pieguices .

Se vos apetecer apareçam por cá, leiam ,
se quiserem respondam , comentem , contrariem-me
ou simplesmente riam-se ou chorem , zanguem-se , ignorem-me
. . . ou façam o pino !

O que quiserem !
– Desculpem a interrupção, mas tive que ir buscar uma camisola ,
porque está a ficar frio aqui na varanda !
Só prometo que darei as minhas opiniões ,
mostrarei as minhas indignações, irritações ou paixões .
Quando puder e tiver inspiração para isso
anexarei pelo menos uma fotografia a cada texto .

Alguns estarão a pensar - esta tipa é louca
e passou-se definitivamente para o lado dos umbiguistas !
E, para além do mais ,
não tem mesmo mais nada de interessante para fazer na vida .
Pensem o que quiserem !

Estamos num país supostamente livre e democrático .
E eu não vou obrigar ninguém a ler nada .
Portanto , . . .
Lembrei-me de pôr o que escrevo no "ar",
por causa das refilices da minha mãe
que diz que eu escrevo, escrevo, escrevo
. . . e escrevo . . .
mas que nunca mostro nada a ninguém .

Como já estava farta de a ouvir, resolvi tomar esta atitude !
Assim , já ninguém pode refilar
que o meu site só tem o meu currículo e propostas de sites ,
e pode ser que ela fique mais feliz .

Juntem mais este hobbie aos que vocês já conheciam .
Eu também escrevo !
A maior parte das vezes não escrevo nada decente ,
mas escrevo .

Ao premir as teclas sinto o mesmo estado de alma
que quando estou acompanhada pelo aparo , o papel e o estirador .
Vou direitinha para o fantástico lado “direito do cérebro”
onde a vida é intemporal ,
o mundo à nossa volta deixa de existir
e onde fica o mais absoluto silêncio da serenidade .

E assim partilho com alguns de vocês
as minhas ideias mais ou menos loucas .

Esta parece-me uma boa maneira
de continuarmos a sabermos que existimos ,

mesmo quando estamos a milhares de quilómetros uns dos outros !
– Hasta outro dia Madrid !

Setembro 2002


Uma ideia: Insónias à Luz de Velas







Resolvi chamar-lhes Insónias à luz de velas.

Não quer dizer que estas palavras
tenham que ser escritas debaixo de insónias
e muito menos à luz de velas - isso até fazia mal aos olhos !

Simplesmente,
quando me aconteceu começar a escrever estes "delírios"
estava apenas acompanhada por uma grande falta de sono,
pelo computador e pela luz de uma pequena vela.




Nasceram assim estas . . . huummm . . . . .
chamemos-lhe crónicas, delírios, meditações,
ou ainda,
conversas comigo, com deus, com os amigos,
com o gato ou com o cão !

Actualmente,
há quem goste de lhe chamar Blogar... Manias modernas...