Pensava ter-te deitado fora
Pensava ter-te deitado fora
Já não estás aqui ...
Porquê ...? Não sei ...
A vida é assim.
Foste para longe há tantos anos.
Fiz desaparecer as tuas fotografias,
fiz-te desaparecer fisicamente.
Queria-te ausente ...
Deitei-te fora em desespero.
Queria ter-te deitado fora,
quero deitar-te fora,
mas não me deixas ...
DEIXA-ME! DEIXA-ME! DEIXA-ME!
Tenho que ir ... tenho que ir viver a minha vida!
Sem ti!
Antes ... muito antes de te querer deitar fora,
deitámo-nos fora um ao outro!
Desapareceste ... Agora é tarde demais!
Não soubeste quem eu era ...
Não soube quem tu eras ...
Não sabíamos quem éramos ...
Como podíamos amar-nos assim?
Sem nos conhecermos?
Como?
Como podem dois seres humanos amarem-se, assim?
Sem se conhecerem...
Não fizeste um esforço (que eu visse) para me descobrires!
Não o fizeste para te descobrires ...
muito menos o farias para nos descobrires aos dois!
Fizeste?
Não, não fizeste.
Vês?!
Raios!!
Acho que no fundo não querias que eu fosse assim ...
Amaste-me?
Eu sei que te amei ...
Não me consigo lembrar ...
mas sei que te amei algures no tempo ...
Perdoa-me, mas queria ainda amar-te ...
receio que já não ... receio que só me reste a mágoa de te ter odiado,
de esperar que esse ódio desapareça...
e que finalmente se abra um espaço para AMAR ...
12 Novembro 2002
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