Volto às palavras...
Volto às palavras...
Agora que partes
e me deixas nua a alma
volto às palavras
na dor da solidão,
à conversa com a água,
à conversa com as árvores.
Anseio a sabedoria do tempo.
Agora que partes
e me deixas nu o coração,
perdido em emoção,
fico sem as conversas passadas,
em redor de chás desabafados.
Conversas curtas, contudo eternas.
Não tive a coragem
para expressar o que sinto...
nem por palavras nem com actos.
Não tive a coragem
para te contar o que sinto,
para te cantar como me enamorei por ti,
sem um brinco...
Num assombro de emoção olhei-te
e senti cá dentro a trovoada.
Senti-me ali assim,
tremi.
Talvez nunca mais te visse,
nem mais uma vez.
Vieste... uma semana atrás da outra.
Passaste cá dentro, tal brisa ao pôr-do-sol,
devagarinho.
Terás agora que partir
e eu... eu entretanto escrevo
e relembro-te sem o brinco...foi a primeira vez que te vi.
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