22 outubro 2006

Chove na Foz, chove-me na alma


Chove na Foz, chove-me na alma


Chove tanto aqui na Foz.

Ontem estava um bocadinho como o clima. Para piorar tudo, deixei cair o "Mil Folhas" e não dei por nada. Quando voltei ao local, as folhas de jornal de que mais gosto estavam presas debaixo do pneu de um BMW prateado. Lá ficaram...

À tarde, perdi-me em recordações. Revi-te em fotos, revi momentos. Relembrei-me que nem todos os que se amam podem partilhar uma vida em comum. Ou porque não aprenderam a respeitar os espaços próprios, ou porque estão rodeados de preconceitos inultrapassáveis (muitos) sobre as famílias de ambas as partes e a forma como deverão ou não lidar com elas. E porque se pode tornar numa guerra interna todos os dias.

Hoje chorei a relembrar as fotografias que revi ontem. Hoje deixei-me levar nas lágrimas pelo medo de me deixar ir assim outra vez. Talvez tenha medo de ouvir que Não. Talvez não me sinta com forças para confrontações com os meus medos e fantasmas.

Lembrei-me como me deixei dormir nos teus braços, noites inteiras. Por que é que os abraços afastam os fantasmas e nos embalam no sono?


Não fui capaz de deixar as tuas fotos e trouxe-te comigo para o meu quarto novo. Estás lá com os teus R. e o P., estão lá o Tó e o Tobias. Estão lá todos, em vossa homenagem, para me lembrar que foram a minha família durante muito tempo. Triste é pensar que só ficou o P. É um triste balanço. Está muito bonito o P.



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